A recuperação da Quinta da Carcaveira sabia-se à partida que seria um projeto exigente e demorado. Uma casa muito grande, há anos dividida em quatro partes autónomas, que se pretende que volte a ser uma única casa adaptada à flexibilidade e dinâmicas de uma família contemporânea, numa casa senhorial com origem no séc. XVI.
A estratégia de dividir a intervenção em fases revelou-se essencial para controlar custos e tempo de obra, bem como garantir que a casa pudesse ir sendo utilizada no no decorrer da obra.
A primeira fase da obra teve como objetivo intervir nas fachadas e na substituição dos caixilhos e cobertura. Por outro lado, recuperar os salões e toda a zona social da casa. Por outro lado criou-se uma ligação vertical entre os dois pisos da casa até agora muito precária. Foram também melhoradas as condições térmicas, elétricas e hidráulicas da casa para garantir o conforto e o funcionamento do conjunto.
Apesar de, no final da primeira fase, haver já uma maior comunicação entre compartimentos, áreas programáticas e pisos da casa, a abertura de corredores encerrados no passado com instalações sanitárias apenas estará concluída na segunda fase. Esta segunda fase deverá debruçar-se sobre o interior do volume dos quartos e o núcleo mais antiga da casa onde se localiza a grande cozinha.